Workshops realizados em 2006
Quatro diferentes módulos que se completavam entre eles e nos dotaram de "bagagens" nesta viagem...
Coordenação: António Júlio
Calendário das dificuldades diárias
Módulo 1: 8 fevereiro – 5 março
Estes textos representam pensamentos, subtextos diários do indivíduo, o eu privado que raramente se revela ao outro; representam assim a forma máxima de individualidade; o que se esconde em nós; os nossos pensamentos mais sacrílegos, mais puros, mais fúteis, mais sexuais, mais nossos.
A proposta é que se trabalhem também gestos e acções: uns quotidianos que nos caracterizam e que nos permitem fazer parte de uma sociedade global, gestos sociais e acções regulamentadas; outros traidores, aqueles que inconscientemente mostram, mesmo que por breves momentos, a nossa verdade: um olhar que não controlamos, um apertar de punhos, um sorriso que demora um segundo demais a surgir, etc.
A partir dos textos e da pesquisa de acções pretende-se elevar o quotidiano a uma plataforma onde se defrontam o eu social e o eu privado; procurando a individualidade na profusão de pessoas que cada um de nós tem de ser a cada dia.
Módulo 2: 8 março – 3 abril
Em síntese, novas visões e utilidades das nossas memórias como ferramentas para a concepção de processos criativos.
A apresentação informal será um apanhado das ideias resultantes do processo consoante as respostas dos formandos.
Módulo 3: 5 abril – 8 maio
Num outro plano, explorar-se-á a motivação para a criação de um texto. Dizer o quê para quê. De que forma se pode desenvolver um tema e quais os caminhos que ele pode seguir. O ponto de partida e o ponto de chegada.
Para uma apresentação final poder-se-á elaborar um ou mais textos a partir do resultado das várias ideias que forem surgindo ao longo do módulo.
Módulo 4: 10 maio – 5 junho
Que cada um parta numa viagem à descoberta do seu palhaço e procure o que em si é mais cómico: Como anda o meu palhaço? Quais os gestos mais característicos? Como se prepara antes de pisar a arena?...
Não se trata de encarnar uma personagem estranha, mas antes encontrar o estado de palhaço próprio de cada um. Um estado em que os instintos mais primários são privilegiados, a inocência e a ingenuidade de quem, tal como uma criança, está avidamente à procura de perceber o mundo.
Pretendo fazer uma breve abordagem à manipulação de objectos; que cada palhaço tenha o seu objecto querido que lhe é fundamental: uma vassoura, um alguidar, um novelo de lã…
Para além do trabalho individual pretendo também trabalhar improvisos em pequeno e grande grupo. No final há apresentação pública de um último exercício, onde cada um vai poder experimentar o confronto com o público – elemento fundamental para o palhaço.
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